quinta-feira, 14 de março de 2013

Antonio Almeida




Filho de lavradores nordestinos, o pai cearense e a mãe natural do Piauí. Antonio Almeida nasceu num centro de lavoura sem nome, no interior do município maranhense de Barra do Corda, onde em 1932, sua família funda o povoado do Lagoa do Jacaré. Ai elaborar seus primeiros desenhos.
Muda-se para São Luís em 1944 e já em 1950 participa, com outros artistas do grupo de intelectuais frequentadores da movelaria Guanabara. Pintor, escultor, muralista, gravador, ilustrador, ceramista e entalhador inspiram-se no concretismo de Max Bill quando executa trabalhos em colagens. Autodidata é sem dúvida um dos grandes responsáveis pela introdução da modernidade nas artes plásticas maranhenses. Dotado de extraordinária sensibilidade, incorpora no seu trabalho a visão do ilustrador de cordel simplificando o desenho e a forma sem banalizá-los. Seu conhecimento da natureza humana permite representá-la com simplicidade e de forma completa. É o criador de varias logomarcas e esculturas que se encontram em logradouros públicos de São Luís dos primeiros painéis e do monumental mural em azulejos do edifício sede do Banco do Estado do Maranhão. Dele são também os murais do Parque do Bom Meneno executados na segunda metade da década de 60, quando a administração do Dr. Haroldo Tavares como secretario de viação e obras publicas durante o governo José Sarney.
Não tem, entretanto tido boa sina a obra de Almeida em lugares públicos durante a reforma do Banco da Amazônia em São Luís um dos seus painéis foi destruído não sendo recomposto a escultura Flor de Lys que guardava a imagem do Padroeiro da cidade no inicio da Avenida Jaime Tavares, foi demolida para ampliação das pistas de rolamento recentemente em meados de 1990 a escultura em ferro na entrada da barragem do Bacanga em homenagem ao trabalhador foi demolida para dar lugar a um anacrônico monumental. Sua obra pode ser vista no Parque do Bom Meneno na Assembleia Legeslativa, na fachada do Jornal o Estado do Maranhão na associação comercial e no Banco do Estado do Maranhão S/A- BEM.
Em reconhecimento á sua consagrada atuação nas artes plásticas é eleito para a Academia Maranhense de Letras, em 1986 vive em São Luís, dedicando-se em virtude da gradativa perda da visão a poesia, tendo recentemente publicado o livro Rastros de Procura. De temperamento tímido, nunca admitiu sair de São Luís, recusando vários convites para expor fora do Estado inclusive uma bolsa de viagem de estudos na França oferecida pelo compadre e amigo José Sarney, quando governador do Maranhão.


Referência
Banco do Estado do Maranhão S.A- BEM Arte do Maranhão 1940-1990. São Luís, MA, 1994. Pág. 68 á 73

Grupo: Isadora, Alexandre, Rosana, Francinete

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